quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Reflexão: O pacote de biscoitos

 



O Pacote de Biscoitos

Certo dia uma moça estava à espera de seu vôo, na sala de embarque de um aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas, resolveu comprar um livro para matar tempo. Também comprou um pacote de biscoitos.

Então ela achou uma poltrona, numa parte reservada do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. quando estava instalada, um homem estranho sentou ao seu lado. Quando ela pegou o primeiro biscoito do pacote, o homem também pegou um.

Ela se sentiu indignada, furiosa mesmo, mas não disse nada. Ela pensou para si: "mas que cara de pau"! Se eu estivesse mais disposta lhe daria um soco no olho, para que ele nunca mais esquecesse...

A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um. Aquilo a deixava tão indignada, que ela não conseguia reagir.

Finalmente, restava apenas um biscoito, ela pensou: "o que será que o abusado vai fazer agora?"

Então o homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela. Aquilo a deixou irada, e bufando de raiva.

Neste momento, foi chamado o seu vôo. Ela pegou seu livro e suas coisas e dirigiu-se ao embarque. Quando sentou confortavelmente em seu assento, foi mexer em sua bolsa, para apanhar uma caneta e, para sua surpresa, o seu pacote de biscoitos estava ali na bolsa, ainda intacto. Ela sentiu vergonha, pois quem estava errada o tempo todo era ela, e já não havia mais tempo de pedir desculpas nem de desfazer o mal entendido.

O homem dividira os biscoitos dele sem se sentir indignado, ao passo que isso a deixara transtornada.

Quantas vezes em nossa vida, nós é que estamos comendo os biscoitos e não temos consciência de que quem está errado somos nós.

Paz na tempestade

 



Um rei queria adquirir para o seu palácio um quadro que representasse a paz. Para isso, convocou artistas de diversas partes do mundo e lançou um concurso por meio do qual seria escolhido o tal quadro e premiado o seu autor.

        Logo começaram a chegar ao palácio quadros de todo tipo. Uns retratavam a paz através de lindas paisagens com jardins, praias e florestas; outros a representavam através de arco-íris, alvoradas e crepúsculos.

        O rei analisou todos os quadros e parou diante de um que retratava uma forte tempestade com nuvens pesadas, redemoinhos de ventos e uma árvore arqueada abrigando, dentro de seu tronco, um pássaro que dormia tranquilamente.

        Diante de todos os participantes do concurso, o rei declarou aquele quadro da tempestade o vencedor do concurso. Todos ficaram surpresos, e alguém protestou dizendo:

        -- Mas... Majestade! Esse quadro parece ser o único que não retrata a paz!

        Nesse momento o rei respondeu com toda a convicção:

        -- O pássaro dorme tranquilamente dentro do tronco apesar da tempestade lá fora. Esta é a maior paz que se pode ter: a paz interior.

        Paz não é a ausência de agitação no ambiente em que vivemos, mas o estado de tranquilidade interior que cultivamos diante das tempestades da vida.


“Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água. E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança;” (Mc 4.37-39).

Carroça vazia

  Leia até o final não estou falando de carroça. “ Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei co...